Freud, Ida Bauer. Fragmentos de um caso de histeria - O caso Dora
- A história de Dora foi publicada em 1905, entre a redação de “A Interpretação dos Sonhos” e os “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”.
- Por meio desse caso, Freud procurou provar suas teses sobre a neurose histérica e expor a natureza do tratamento psicanalítico, muito diferente da catarse e da hipnose, já então fundamentado na interpretação dos sonhos e na associação livre.
O QUADRO CLÍNICO
- Trata-se da história de uma jovem histérica, de 18 anos de idade que Freud atendeu por apenas três meses, conhecida pelo pseudônimo de Dora, entre outubro e dezembro de 1900.
- No início de 1901, ele escreveu sobre o caso, mais só foi publicado em 1905, com o titulo “Fragmentos da análise de um caso de histeria”.
- As informações do início deste caso foram cedidas pelo pai da moça.
- O círculo familiar de Dora incluía seu pai, que era uma pessoa dominante, sua mãe e seu irmão um ano e meio mais velho que ela.
- Na época que Freud aceitou a jovem para o tratamento, seu pai já beirava 50 anos e era um grande industrial, de situação econômica muito cômoda. A filha era muito apegada a ele.
- Essa ternura por ele era aumentada em virtude das muitas graves doenças de que ele padecia, desde que ela contava com seus 6 anos de idade. Nesta época ele ficara tuberculoso e isso ocasionara a mudança da família para uma cidade de clima propício. Este lugar, Freud chamará de B-.
- Continuou a ser nos dez anos seguintes a residência principal tanto dos pais quanto dos filhos. Quando o pai estava bem de saúde costumava ausentar-se temporariamente para visitar suas fábricas.
- Freud não chegou a conhecer a mãe de Dora, porém sabia de sua doença de neurose obsessiva – citada por ele como “psicose da dona de casa”. A relação entre mãe e filha era muito inamistosa há vários anos.
- Dora já com 8 anos começara a