Analisar projectos: o payback, a TIR e o VAL
Escrito por Nuno Nogueira
O payback (ou ponto de equilíbrio), na sua definição mais simples, é o ponto que define o volume de negócios necessário para equlibrar os lucros. A taxa interna de rentabilidade
(TIR) e o valor actualizado líquido (VAL) são os dois indicadores mais utlizados na avaliação de projectos de investimento que deve conhecer.
O payback
O payback determina o valor que a empresa tem de vender para não ter perdas e, no mínimo, cobrir todos os custos. Por isso, se um negócio fizer 1000 aparelhos a €100 cada, num total de €100.000, e depois vender os aparelhos a €200 cada um (é uma margem grande, mas simplifica o exemplo), terá de vender pelo menos 500 aparelhos para encontrar o ponto de equilíbrio. Esta análise é muito importante para qualquer empresa, já que mostra o ponto em que o negócio começa a dar lucro.
Ao fazermos a avaliação do payback também deveremos considerar o momento em que ocorre o ponto de equilíbrio. Tipicamente, nos primeiros anos de existência, os projectos não são rentáveis, uma vez que a empresa terá de suportar os custos de arranque e não terá, em princípio, um volume de negócios muito significativo. Com o tempo, se tudo correr bem, a empresa conseguirá gerar mais proveitos, que serão superiores aos custos e diluirão os custos de arranque.
Se acumularmos todos os valores gastos e recebidos com o projecto, começaremos normalmente em terreno negativo (muitas vezes fortemente negativo, se o investimento inicial for muito elevado) e, progressivamente, iremos recuperando até emergirmos acima do valor nulo. O payback, medido em termos temporais, é o momento em que o projecto acumula ganhos que igualam os gastos incorridos até esse momento. Assim, por exemplo, diz-se que um projecto tem um payback de três anos quando a partir do terceiro ano os fluxos de caixa positivos acumulados até então igualam os fluxos de caixa negativos. Será de esperar que a partir do