Analfabetismo funcional

Analfabetos Funcionais Neste mês a página da internet da revista Nova Escola mostrou mais uma informação alarmante sobre a educação no Brasil. Trata-se do Inaf: Índice de Analfabetismo Funcional. A informação que mais me chamou a atenção: 15% dos nossos jovens (idade entre 15 e 24 anos) são analfabetos funcionais. Nesta idade estes jovens já passaram pelas nossas escolas (um aluno com 14 anos termina o 9º ano se não repetir nenhuma vez) ou ainda estão estudando (no ensino fundamental ou médio). E o que é um analfabeto funcional? É um jovem que lê e escreve de forma muito limitada. Não consegue compreender um texto curto e não consegue localizar informações neste texto, mesmo que sejam explícitas. É um jovem que consegue lidar apenas com números que são familiares, como os de telefone ou preços e que sabe fazer cálculos simples. É um jovem que não consegue tirar conclusões rápidas, não possui uma boa leitura do mundo e assim possui dificuldades na sua vida profissional Esse mesmo índice mostrou outra realidade: Desses jovens, 2% são analfabetos absolutos, não lêem nem escrevem. Existem muitos índices que medem a educação e a alfabetização no Brasil, mas estes me chamaram a atenção por falar dos alunos que lidamos muito recentemente com eles, ou ainda estamos lidando.

E falar em 15% talvez não nos dê a exata dimensão do problema. Vejamos um exemplo com um total de 100 alunos. No final deste ano, quando nossos alunos do fundamental II chegarem ao 9º ano e festejarem felizes, entre eles, poucos estarão preparados. Eu sei que não são números rigorosos, são médias, mas vamos pensar em uma turma de formandos com 100 alunos só pra exemplificar. Destes, mais de 13 alunos receberão um diploma sem conseguir entender um comunicado, ou uma ordem escrita. Terão dificuldades para trabalhar, para cursar o Ensino Médio e jamais passarão num vestibular. E dois alunos sequer saberão o que está escrito em seu certificado de conclusão de curso.