Analfabetismo Funcional
Analfabetismo funcional: um constrangimento limitador da literacia digital na prática de enfermagem
Resumo: O artigo centra a sua atenção no analfabetismo funcional, conceito que tem sido, progressivamente incluído nos debates sobre as políticas educativas. Estudos evidenciam que impede uma acção autónoma na vida quotidiana, sendo imperioso mobilizar competências funcionais, necessárias na adaptação aos contextos e na resposta às exigências do mundo do trabalho. Na óptica da utilização dos sistemas de informação em saúde, pretende-se discorrer sobre eventuais prejuízos que esta incapacidade pode assumir na prestação de cuidados de enfermagem.
Palavras-chave: Analfabetismo funcional, enfermagem, literacia digital, sistemas de informação.
Introdução
Nos dias de hoje, é incontestável a importância que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) assumem nas sociedades, em todos os seus sectores.
O acesso às novas tecnologias digitais é um importante contributo para a educação e formação dos cidadãos e, consequentemente para a sobrevivência económica no século XXI, pelo que a sua difusão tem-se revelado bastante veloz.
A Sociedade da Informação impõe aos indivíduos a aquisição de competências no âmbito da utilização destas tecnologias para que, com base no enriquecimento pessoal, as economias se tornem mais competitivas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico dos países (Pereira & Melro, 2012).
A utilização dos sistemas de informação na saúde (SIS) veio introduzir uma nova concepção nos cuidados de enfermagem. O desenvolvimento de aplicações informáticas de suporte aos cuidados de enfermagem potenciou, a um nível macro, os ganhos em saúde das populações. Permitiu identificar, a nível micro, um conjunto de requisitos técnico-funcionais que uniformizam a prestação de cuidados de enfermagem (Ordem dos Enfermeiros, 2012).
É imperioso que os Sistemas de Informação de Enfermagem (SIE) sejam