amor e sexualidade
RODRIGO MORAES RIBEIRO1 Introdução
Em psicologia social consideramos que nossa subjetividade não é produto apenas da biologia e de nossas experiências pessoais. A subjetividade é também uma construção social. Não seria diferente com amor e sexo. A cultura é uma teia de significados que o homem mesmo teceu e na qual ele está preso. O que nos diferencia dos outros animais é que nos relacionamos com o mundo muito mais através da cultura do que dos instintos. Algum tempo os historiadores tem se interessado pela subjetividade. Este movimento se iniciou com a nova historia cultural. Neste sentido é cada vez mais comum estudo onde a historia, a antropologia e a psicologia se entrelaçam superando a velha visão compartimentada do conhecimento, herança da era cartesiana. Neste trabalho faremos um apanhado histórico sobre amor e sexo desde o matriarcado até os tempos atuais. Discutiremos a construção social da intimidade. Sociedade Matriarcal A pré-história é um longo período que vai desde o surgimento dos primeiros hominídeos até a invenção da escrita em 3500 a.C. Este período é dividido em paleolítico, ou seja, período onde o homem era caçador e coletor e neolítico, período onde surgiu a agricultura e o homem passou a produzir seu alimentos. Durante o paleolítico o homem era nômade, vivia em bosques da caça e da coleta de alimentos. Neste período o homem cultuava a deusa mãe talvez o primeiro culto religioso da historia da humanidade. A deusa mãe era deusa da terra e da fertilidade, pois a fertilidade era tida como uma característica feminina e o homem não desconfiavam da sua participação na fecundação. Não existia a idéia de casal, cada homem pertencia a variam mulheres e cada mulher a vários homens. O matrimonio era por grupos. Cada criança tinha vários pais e varias mães. Só existia linhagem materna2. O termo matriarcado às vezes é controverso, pois não havia uma subjugação do homem pela