Amniorrexe
Amniorrexe é definida como rotura prematura das membranas amnióticas após a 20ª semana de gravidez e antes do início do trabalho de parto. A rotura das membranas amnióticas antes da 20ª semana de gestação caracteriza o quadro de abortamento inevitável. Quando a RPM acontece antes do termo, entre 20 e 37 semanas, ela é classificada como rotura prematura pré-termo das membranas (RPPM). O período decorrido entre a rotura das membranas e o parto é chamado de período de latência.
DEFINIÇÃO
A membrana amniótica se desenvolve em uma cavidade uterina pressurizada e essa pressão é contrabalançada pelo colo uterino, pelo formato ovóide fetal e pela resistência da própria membrana amniótica. Logo, a ruptura de membranas pode desenvolver-se à custa de alterações em quaisquer dos elementos: aumento da pressão intra-uterina, por uso de medicamentos ou sobredistensão; dilatação cervical; pressões assimétricas na cavidade (trauma); adelgaçamento da membrana amniótica.
Dentre as causas listadas, o adelgaçamento da membrana amniótica é o evento que mais frequentemente está envolvido na gênese da amniorrexe prematura. Não só o tabagismo, deficiência de alfa-1-antitripsina, Ehlers-Danlos são fatores associados à amniorrexe prematura, por alterarem a espessura e a resistência da membrana amniótica, como vários estudos prospectivos mostram íntima associação entre infecção bacteriana e amniorrexe prematura. Colonização por estreptococos do grupo B, gonococo, Gardnerella, além de qualquer microrganismo capaz de produzir endometrite são agentes implicados na gênese do fenômeno, por intermédio da produção bacteriana de colagenases e do estímulo à resposta inflamatória materna, ao criar um ambiente agressivo à membrana amniótica, adelgaçando-a e, consequentemente, tornando-a suscetível de ruptura. Para fins comparativos, os partos prematuros sem amniorrexe prévia não mostram associação estatisticamente significativa com infecção.
Assim, diante de amniorrexe prematura em