Amido
O amido é um dos principais compostos de reserva em plantas. Ao longo da evolução tem sido usado não somente como reserva para a própria planta, mas também como uma das mais importantes fontes de energia para os níveis subseqüentes da cadeia alimentar nos ecossistemas. Por esta razão, vários organismos adquiriram a capacidade de produzir enzimas que degradam o amido com subseqüente liberação de glucose e uso no metabolismo energético. O amido é composto por unidades de glucose, organizadas em dois homopolissacarídeos, a amilose e a amilopectina. A amilose praticamente não apresenta ramificações, sendo que as unidades de glucose são conectadas por ligações glicosídicas do tipo α (1,4) e a porcentagem de ramificações α (1,6) é menor do que 1%. A amilopectina, uma das maiores biomoléculas conhecidas, é altamente ramificada e possui cadeias de resíduos de glucose ligados entre si por ligações glicosídicas do tipo α (1,4) com aproximadamente 5% de ramificações α (1,6). Dependendo da origem, o amido possui diferentes proporções de amilose e de amilopectina. Em células vegetais, o amido é armazenado na forma de grânulos insolúveis em água que são localizados em organelas especiais. No caso das folhas, o amido é sintetizado e armazenado nos cloroplastos ou nos amiloplastos. Nos cloroplastos, o amido é produzido durante o período fotossintético, sendo rapidamente metabolizado durante o período noturno. Os amiloplastos são encontrados em vários tecidos e órgãos não fotossintetizantes e órgãos não fotossintetizantes como parênquima de raízes e caules, tubérculos, endosperma ou cotilédones de sementes. Muitas enzimas, a maioria delas hidrolases, estão envolvidas na mobilização do amido. As cadeias de glucose podem ser atacadas de forma endo (no centro da molécula) ou exo, isto é na porção terminal não redutora da molécula (Buckeridge et al. 2004). O ataque endo é efetuado pela α- amilase responsável pela