ameacas e oportunidades
Neste texto o autor demonstra que a banalização do ser e do estar, bem como a incessante busca de prestígio social, transformam as sociedades modernas em palcos de intensas lutas diárias, em que o aniquilamento do ser humano é o grande enredo encenado. O raciocínio é infalível, mesmo que não seja exatamente lógico, e é por isso que muitos de nós inúmeras vezes recorremos a ele, não tanto para resolver problemas desconcertantes, mas para sermos absolvidos da obrigação de nos preocupar com eles.
A lógica é voltada para o desenvolvimento de "políticas capazes de perseguir e alcançar os mercados globais", supomos o que precisa ser feito mas não temos como saber de que modo e com que forma isso será finalizado. Será diferente de tudo com que nos acostumamos.
Como qualquer antropólogo poderá dizer todas as culturas conhecidas, em geral, ligam direitos e deveres individuais e normas de reciprocidade a áreas destacadas nos mapas mentais de parentesco, mesmo que o conteúdo substantivo desses direitos e deveres varie consideravelmente de uma cultura para outra, e essa variação constitua uma das principais razões para vê-las como culturas diferentes.
Em todos os lugares, os laços humanos, sejam herdados ou ligados ao curso das interações atuais, estão perdendo suas antigas proteções institucionais, cada vez mais vistas como constrangimentos irritantes e insuportáveis para a liberdade de escolha e autoafirmação individuais. Liberados de sua estrutura institucional, os laços humanos tornam-se tênues e delicados, facilmente quebráveis e com frequência efêmeros.
A leitura deste artigo nos traz, acima de tudo, reflexões acerca da construção e da “manutenção” da ética em seu círculo de consumo, este alienado na necessidade e na compulsória busca de realização de nossas satisfações. Ainda, nos deparamos com o pensamento de que as transformações globais devem ser postas em terreno sólido, mesmo que diante da escolha em desconfiar do forasteiro ou