Ambivalencias

748 palavras 3 páginas
Ambivalências
O Nordeste nas obras de Gilberto Freyre e Celso Furtado

O texto fala sobre duas faces do nordeste onde uma não exclui a outra, mesmo com aspectos opostos. Gilberto Freyre e Celso Furtado exploram essa diferentes interpretações do nordeste brasileiro falando respectivamente o litoral do Nordeste e o sertão nordestino.
Gilberto Freire fala de um Nordeste que se desenvolveu a partir da região açucareira. Ele percebeu que essa região não se limita a isso, e fala que o Nordeste de homens e animais, de seca é apenas um lado e cita as características de um Nordeste mais velho, de árvores grandes, bois, e alimentação típica, numa manifestação de ambivalência e reconhecendo que o Nordeste não se resume a essas duas imagens.
A região foi pensada por Gilberto como um espaço social e não como um espaço determinado pelos elementos físicos. A região açucareira foi onde se expressou o sistema patriarcal de colonização portuguesa, como foi representado pela casa-grande e pela senzala, mas Gilberto generaliza a ideia no sentido de que daí se formou um sistema econômico, social e politico.
A casa-grande mesmo associada ao engenho da cana-de-açúcar e ao patriarcalismo não deveria ser considerada exclusiva da economia açucareira, pois o sistema patriarcal se estendeu a monocultura escravista e latifundiária se tornando a tradução mais adequada do caráter social. Gilberto Freyre afirma também que a civilização patriarcal era uma sociedade que comportava oposições geradas na sua própria base, a monocultura, elemento primordial para a interpretação do Nordeste agrário.
A cana-de-açúcar deformou as fontes de vida natural assim como adoçou a vida social, como Freyre afirma, dizendo que além da influência do açúcar sobre a cozinha, influenciou indiretamente os costumes e na língua portuguesa; assim se tratando de um processo ambivalente onde deformação e criação não se excluem.

Celso Furtado fala que foi na região açucareira que se originou a sociedade

Relacionados

  • Ambivalencias
    3954 palavras | 16 páginas
  • Ambivalencias
    400 palavras | 2 páginas
  • ambivalencia
    332 palavras | 2 páginas
  • Ambivalência do mito
    5408 palavras | 22 páginas
  • Ambivalência da Sociedade Tecnocientífica
    1790 palavras | 8 páginas
  • RESENHA: AMBIVALENCIAS DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
    517 palavras | 3 páginas
  • Fichamento A tecnologia: Um modo de transformar o mundo carregado de ambivalência.
    1617 palavras | 7 páginas
  • Histeria, investimento e elaboração - feridas abertas ao sujeito e sua ambivalência psicossomática em análise
    1312 palavras | 6 páginas
  • AMBIVALÊNCIAS O Nordeste nas obras de Gilberto Freyre e Celso Furtado
    690 palavras | 3 páginas
  • AMBIVALÊNCIAS DA SOCIEDADE POLÍTICA DO ANTIGO REGIME: CULTURA POLÍTICO-JURÍDICA NO BRASIL DO SÉCULO XVIII
    941 palavras | 4 páginas