Ambivalência do mito
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A AMBIVALÊNCIA NO MITO CONTEMPORÂNEO
ARTIGO
FÁBIO CARDIA
CIÊNCIA E ARTE COM CONSCIÊNCIA
Tempos modernos. Entramos no século XXI com a certeza de que o desenvolvimento científico atingiu níveis sem precedentes durante o último século, o século XX da era cristã. O cientista Carl Seagan, no seu derradeiro artigo escrito antes de morrer vítima de câncer, fez uma análise sobre as características fundamentais desse século[1]. Segundo Seagan as principais conquistas do homem nesse século XX foram: a) desenvolvimento sem precedentes da capacidade para preservar, salvar, curar e manter a vida, fazendo com que as taxas de natalidade e crescimento vegetativo fossem maiores que a soma de todo crescimento ocorrido até então; b) desenvolvimento sem precedentes da capacidade de extinção, destruição e aniquilação de toda a vida, com criação de armamentos e ataques à natureza de maneira sistemática; c) desenvolvimento sem precedentes do saber científico e tecnologia em todas as áreas do conhecimento humano. Sobre esse terceiro tópico pode-se dizer que avanços consideráveis do conhecimento humano foram conquistados graças a consideráveis mudanças na metodologia da prática de ciências, assim como pela consciência de que essas mudanças, por mais difíceis que fossem, eram necessárias.
“Ciência com consciência. A palavra consciência tem aqui dois sentidos. O primeiro foi formulado por Rabelais no seu preceito:” Ciência sem consciência não é mais que ruína da alma “. A consciência de que ela fala é, evidentemente, a consciência moral (...) O segundo sentido da palavra consciência é intelectual. Trata-se da aptidão auto-reflexiva que é a qualidade – chave da consciência. (...) Uma ciência empírica privada de reflexão bem como uma filosofia puramente