Totem e tabu - freud
A leitura desenfreada da literatura Freudiana em tempos ociosos me impeliu ao desenvolvimento de algumas idéias extraídas do livroTotem e Tabu. (Freud, 1913) Lançarei luz apenas a alguns aspectos pertinentes que me foram extremamente instigantes ao entrar em contato com a presente obra citada. Portanto, sem embargo, circunscreverei, sem propósitos seqüenciais, a origem do pensamento religioso que por fim enraizou-se no remorso incestuoso da horda primeva; articulando, em vista disso, questões das quais me são prementes frente ao meu próprio ponto de vista. Freud nos alerta com relação à obscura percepção interior de nosso mecanismo anímico que estimula invariavelmente pensamentos e que tais pensamentos são naturalmente projetados para o exterior visando alcançar o futuro e o além-mundo. Elementos tais como imortalidade, castigos, vida após a morte são reflexos do interior profundo do nosso psiquismo e que são exteriorizados nos campos religiosos e relacionais da vida. Freud faz uma significativa contribuição à antropologia social remontando a origem das instituições sociais e culturais; porém, ensejarei os meandros do Totemismo e sua relação com os objetos fálicos do império incaico; ressaltando, portanto, – que Freud não nos alude a questões fálicas no texto e sim aos – objetos totêmicos que são um conjunto de entalhaduras animalescas e humanas explicitamente observáveis na cultura incaica cujos deuses eram representados por tais objetos inanimados feitos de argila e que o adorno principal do mesmo contemplava o falo como símbolo de poder e força. A correlação aqui exposta com o império incaico nada mais é do que minha contribuição ao texto, que visa enriquecer e articular fatos impressos na literatura psicanalítica aos fatos de minha própria experiência, – tendo em vista minha particular e profunda ligação com a cultura peruana. A gênese da religião e a subseqüente e/ou concomitante gênese da moralidade arraigaramse nos primórdios das tribos