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“Totem e Tabu” (1913) - Resenha | PalavraEscuta
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“Totem e Tabu” (1913) - Resenha
Qua, 01/08/2007 - 23:40
Autora: Lais de Lima
Neste trabalho, Freud faz uma contribuição à antropologia social e constrói uma reflexão a respeito do Complexo de Édipo na origem da civilização. Aborda o mito da horda primeva e da morte do pai totêmico que levarão às hipóteses acerca da origem das instituições sociais e culturais, além da religião e da moralidade.
Segundo o autor, este artigo consiste numa tentativa de explicar questões da psicologia social, relacionando o totemismo aos vestígios da infância. Também procura compreender a passagem do clã totêmico para a família.
Escolhe como ilustração, principalmente, as tribos primitivas dos aborígines da
Austrália. Nestas tribos, regia o sistema do totemismo (não existiam instituições sociais e religiosas), que teria como característica comum a exogamia (proibição de relações sexuais entre os membros do mesmo clã) conseqüente da proibição do incesto e fundamental para a preservação de toda a comunidade – “esses selvagens têm um horror excepcionalmente intenso ao incesto, ou são sensíveis ao assunto num grau fora do comum, e que aliam isso a uma peculiaridade que permanece obscura para nós: a de substituir o parentesco consangüíneo real pelo parentesco totêmico” (p.25).
O autor ressalta que a necessidade de proibição do incesto está intimamente ligada ao desejo de cometê-lo. “Os tabus, devemos supor, são proibições de antiguidade primeva que foram, em certa época, externamente impostas a uma geração de homens primitivos; devem ter sido calcadas sobre eles, sem a menor dúvida, de forma violenta pela geração anterior. Essas proibições devem ter estado relacionadas com atividades para as quais havia forte inclinação” (p.48).
Freud retoma sua teoria a respeito do Complexo de Édipo na qual afirma que a primeira escolha amorosa da criança é incestuosa, “assim, as fixações incestuosas da