Web Aula 1O PENSAMENTO MÍTICO E O MITO NA GRÉCIAPara melhor compreendermos como nasce a Filosofia, é fundamental entendermos primeiro como se dá e o que representa um tipo de pensamento tão antigo quanto o próprio homem: o mito. Compreender a questão do mito não implica em estabelecer um olhar negativo, condenatório, mas na realidade, buscar as bases desta forma quase natural, ou imediata, do homem dar respostas aos problemas que o afligem. Na Filosofia, não entenderemos o mito de forma pejorativa ou completamente negativa. Para nós, o mito é a primeira forma de explicação que o homem encontra para aquilo que ele desconhece. Todos os povos, todas as culturas possuem seus mitos: egípcios, babilônios, caldeus, romanos, gregos... Hoje, ainda transmitimos nossos mitos de geração em geração, tornando plausíveis explicações que poderiam ser no mínimo constrangedoras para os nossos filhos se recorrêssemos apenas à racionalidade. Por exemplo, quando os pais recorrem ao mito da cegonha, buscam dar a explicação para a indagação da criança, supondo que o interesse dela é o mesmo que eles pensam como resposta: o sexo. O que a criança espera é uma reposta à sua pergunta sobre sua origem, se ela é filha deles na verdade e não um tratado de sexologia. Recorremos a vários tipos de mitos, como o Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, ou a mitos de "heróis", buscando tranquilizar nossa realidade, nossos sentimentos. Num determinado momento, contudo, o mito não satisfará mais como resposta à criança que amadureceu e nem tampouco será coerente com a realidade que ela observa. Neste sentido, ela buscará uma explicação mais racional. Assim acontece com o homem na história do pensamento. No início, tudo era explicado através dos mitos, mas em determinado momento, é preciso uma racionalidade maior, a necessidade de uma explicação mais coerente e científica para os fenômenos. PARA SABER MAISsobre a mitologia grega, acesse: http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u33.jhtm |
O mito,