Micoplasmas Micoplasmas é o nome que foi dado às bactérias do gênero Mycoplasma, com tamanho menor (cerca de 0,3 um) do que o apresentado normalmente pelas outras bactérias. Os microbiologistas ainda discutem se as bactérias evoluíram dos micoplasmas primitivos, ou se trata de estirpes separadas, e os micoplasmas evoluíram a partir de vírus. A diferença principal entre as bactérias e os micoplasmas é que as bactérias possuem uma parede celular sólida, e por esse motivo uma forma definida (o que facilita a sua identificação ao microscópio), ao passo que os micoplasmas possuem apenas uma membrana flexível, o que se junta ao tamanho para dificultar a sua identificação, mesmo quando observados ao mais potente dos microscópios eletrônicos. Os primeiros micoplasmas foram detectados em 1898 no Instituto Pasteur, em tecidos de gado com artrite e pleuro-pneumonia. Daí lhes veio o primeiro nome por que foram conhecidos: pleuro-pneumonia-like organisms, ou PPLOs, nome que foi utilizado até aos anos 60. O primeiro micoplasma humano foi isolado em 1932, num abscesso. Desde então descobriram-se muitas estirpes diferentes, que são fundamentalmente específicas da espécie hospedeira (ou pelo menos de grupos específicos de animais: felinos, aves, roedores, homem e símios antropóides, etc.). Descobriu-se também que ao contrário das bactérias, que são afetadas por penicilina, os micoplasmas são controláveis por antibióticos com tetraciclina. E descobriram-se ainda estirpes que exibiam um crescimento com micélios, semelhante ao dos fungos, o que levou ao aparecimento da designação "micoplasma" (mico = fungo). Os micoplasmas podem viver dentro de células, sem matar a célula hospedeira, à semelhança do que fazem alguns vírus e bactérias, mas também podem viver e crescer fora das células, nos fluídos corporais, coisa de que os vírus não são capazes. São responsáveis por doenças como a artrite reumatóide, inflamações alérgicas, pneumonia atípica e outras doenças, e estuda-se