Ambiente
INTRODUÇÃO
São José dos Campos (SP) apresentou uma intensa urbanização nas últimas três décadas, principalmente em virtude da evolução de seu parque industrial. Esta alta taxa de urbanização e, sobretudo, a ocupação desordenada, os Planos Diretores deficientes e o descaso das autoridades locais no trato das questões hidrometeorológicas e geológicas, fizeram deste município palco freqüente de sérias calamidades que, além de causarem aos seus habitantes transtornos e perdas materiais, os submetem a riscos de doenças, acidentes e morte, particularmente durante o verão, quando é maior a incidência de chuvas intensas. Isto é corroborado por pesquisas recentes.
O rio Pararangaba, afluente da margem direita do rio Paraíba do Sul, corta o município de São José dos Campos no sentido sudeste / nordeste e tem sua nascente na vertente interior da Serra do Mar.
Geograficamente, a sub-bacia do rio Pararangaba encontra-se no extremo leste do município, próximo à divisa com o município de Caçapava. Possui área de 75,64 Km2, correspondendo a 6,8% da área total da cidade de São José dos Campos, e apresenta três afluentes principais: ribeirão do Cajuru, córrego do Bairrinho e córrego do Bueirinho. Entre a rodovia Presidente Dutra e a rodovia Governador Carvalho Pinto, onde domina o médio curso do rio Pararangaba, estão concentrados os maiores problemas da bacia.
. Figura 1 - Localização da área de estudo
DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO
A análise geomorfológica da bacia do Pararangaba indica a presença de aluviões argilosos que pertencem à área de drenagem do rio Paraíba do Sul. Há também terraços fluviais, aluviões arenosos (característicos das várzeas do rio Pararangaba e de dois de seus afluentes, Cajuru e Bairrinho). Nas nascentes desses corpos d’água há morros com substrato de rochas graníticas e declividades que variam entre 20 a 50% (IPT/PMSJC, 1996).
Visitas ao local, realizadas durante a realização do presente estudo, revelaram uma tendência de aumento