amarelao
A - Helmintíases
I - Ancilostomíase (amarelão; anemia dos mineiros)
Etiologia
A família Ancylostomidae apresenta espécies que parasitam o trato digestivo, com cápsula bucal bem desenvolvida e armada de dentes ou lâminas (ou placas cortantes) na superfície ventral. Por isso é subdividida em duas subfamílias:
a. Uma com espécies que possuem dentes na cápsula bucal, constituindo a subfamília Ancylostominae, com as seguintes espécies: Ancylostoma duodenale, parasita habitual do intestino delgado do homem, descoberto por Dubini, em 1843, na Itália; Ancylostoma braziliense, descrito em 1910 por Gomes de Farias, parasito normal do gato e cão e que ocasionalmente provoca dermatite no homem; e Ancylostoma caninum, parasita normal do cão e raramente do homem;
b. Outra subfamília, Necatorinae, com espécies que possuem placas cortantes na cápsula bucal, sendo o Necator americanus a única de interesse médico.
Quadro clínico
Fase aguda (fase de migração larvária)
Sintomas cutâneos - Nos casos de infecções intensas, o sintoma principal é o prurido (dermatite pruriginosa) em nível dos membros inferiores - espaços interdigitais, bordas dos pés e pernas, local de penetração das larvas, eritema e infecção secundária em pacientes com escoriações. Esta dermatite desaparece espontaneamente em torno de 24 a 72 horas.
Sintomas pulmonares - A migração das larvas no pulmão determina nas infecções moderadas, tosse seca, febrícula, dor torácica, astenia, náuseas, vômitos e dispnéia leve, configurando o quadro clínico da síndrome de Löffler, com hipereosinofilia e RX do tórax, mostrando infiltrado fugaz e transitório. Nos casos graves ocorre broncopneumonia ou pneumonia.
Fase crônica
Esta fase é caracterizada por sintomas gerais, digestivos, cardiovasculares e hematológicos, dependendo da carga parasitária, p.e., 15.000 ovos/g de fezes.
Sintomas gerais - Nesta fase da doença o enfermo relata cefaléia, irritabilidade, insônia, mal-estar geral,