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Resenha “A concepção de método sociológico de Durkheim”
A obra de Durkheim baseia-se nas ideias expostas em “A Divisão do Trabalho”, tendo sido a sua obra pioneira e na qual todas as subsequentes encontraram inspiração em algum dos temas tratados na referida publicação. Uma dessas abordagens realizadas por Durkheim foi feita em 1897 e foi denominada “O Suicídio”, e tem como essência o tratamento do suicídio como uma patologia social. Dentro de sua obra, o autor interpela também o fator religioso, assemelhando sua visão e teoria à de Max Weber nesse sentido. Exemplificando a afirmação, contempla-se a justificativa de Durkheim para o contraste observado na ocorrência de suicídios em países da Europa Ocidental com maioria da população católica e os países com maioria da população protestante. Durkheim analisa a estrutura de ambas as crenças e de suas referidas igrejas para justificar o fato de mais suicídios serem cometidos nos países predominantemente protestantes. Porém é primordial que seja feita a ressalva que, segundo a sua teoria, não é a religiosidade a única razão ou mesmo a razão fundamental que justifica o já mencionado índice de suicídio, mas também a outros setores da sociedade, podendo ser citadas características que interferem nessa taxa o estado civil e o número de filhos na família. Levando-se em conta outros fatores extrínsecos, é observado um aumento na taxa de suicídio em momentos de crise política e em tempos de guerra. Diante do exposto, é incontestável a relação estabelecida por Durkheim entre o suicídio e a integração social, que independe do setor institucional da sociedade que se analisa. O suicídio é dividido em três tipos na teoria de Durkheim, podendo ele ser de cunho egoísta, altruísta e anômico. O suicídio egoísta é justificado pela depressão e melancolia, enquanto o altruísta é ligado ao martírio. Por derradeiro, o suicídio anômico refere-se ao estado de desregramento social, quando as normas e leis