Aluno

Passo 2
Dentre os textos e situações pesquisadas pelo grupo, escolhemos a historia do professor Wary Kamaiurá Sabino, um índio que após ser alfabetizado aos 16 anos, fez magistério, se graduou em letras, se especializou em educação indígena, fez mestrado em linguística veio para Brasília fazer doutorado em língua indígena na Universidade de Brasília (UnB) e por causa da saudade e da distancia trouxe seus quatro filhos (Pira Taporé, 13 anos, Kautsará Kaluaná, 12 anos, Tsikão Aumari, 9 anos, e Janawá Taujá, 6 anos), que estudam em uma escola da rede publica, em um pequeno bairro do Distrito Federal, e falam a sua língua de origem o tupi.
A grande preocupação de Wary Kamaiurá em relação à escola onde seus filhos foram matriculados era de que as crianças não conseguissem se adaptar a cultura “dos brancos” ou acabassem perdendo a sua própria cultura. Existia também, um medo com relação ao preconceito que os filhos poderiam sofrer no ambiente escolar completamente diferente do qual estavam acostumados na aldeia, pois eram quatro índios estudando em um colégio de predominância branca.
Apesar do receio, os alunos indígenas foram bem recebidos pelos colegas, já que os mesmos estavam curiosos para saber como era a cultura dos novos colegas. O preconceito foi vencido pela curiosidade e a diversidade saiu ganhando graças ao respeito pela diferença, e mesmo com algumas dificuldades, os professores enxergaram uma oportunidade e um estímulo, usaram a língua tupi guarani como atrativo para fazer com que os alunos interagissem entre si. Eles fizeram um dicionário português-tupi, com a ajuda de Pira Taporé, o filho mais velho do professor, que é o único que sabe falar o português e o tupi, para que os alunos pudessem se comunicar e aprender a cultura uns dos outros.
Mas infelizmente, as políticas de ensino não oferecem suporte para as escolas e professore para que haja essa interação multicultural, em junho de 2012, a resolução nº 5 da LDB, determinou que fossem desenvolvidos