aluno
Apesar do crescimento rápido da economia (alcançou o status de oitava economia do mundo nesse período), a renda das grandes maiorias não acompanhou esse salto: os salários são achatados para aumentar as taxas de lucro dos capitalistas abrir caminho para a diferenciação das rendas e consumos tanto destes como as da nova classe média.
No campo, o governo da revolução de 64 não promoveu reforma agrária, mas sim reafirmou o monopólio da terra, ou seja, favoreceu os grandes donos de terra através de crédito subsidiado e tecnificação dos processos produtivos (para exportação). A partir dos anos 70 surgem os complexos agroindustriais: em torno de uma grande empresa giram pequenos proprietários que produzem sob encomenda, dando caráter capitalista mesmo as pequenas propriedades.
A situação no campo é de particular importância porque ainda a esmagadora maioria da população ainda vivia no campo (40 milhões em 1980) em condições de pobreza. Infra-estrutura básica de água, esgoto ou luz elétrica só chega, parcialmente em 1971. Devido a essas más condições, o êxodo rural é muito intenso: entre 1960 e 1980 quase 31 milhões de pessoas buscam o mercado de trabalho urbano. Em resposta a isso, o autoritarismo plutocrático rebaixa o salário mínimo e facilita a rotatividade de trabalhadores. A despeito disso, grade quantidade