Aluno
O documentário em questão trata de um povo que, segundo o documentário, é tangido pela cana e tem suas vidas regidas por uma ilusão. Pessoas as quais se submetem a condições de trabalho indignas por terem sido atraídas por promessas de ganhos financeiros irreais. Esta fatia de nossa sociedade devido à falta de base cultural e educacional não tem oportunidades de emprego nas cidades e por causa da concentração da propriedade rural nas mãos de poucos e do predomínio da monocultura têm suas chances reduzidas também no campo.
Nesta sombria faceta deste enorme país em que vivemos, o trabalho analogo à escravidão é parte do cotidiano. Os órgãos responsáveis pela fiscalização são subdimensionados fronte à enormidade da área a ser supervisionada e desprovido de pessoal e equipamentos, estes fatores apenas favorecem que o desrespeito às leis floresçam e que humanos sejam relegados em condições tão desprezíveis que o termo "sub-humano" é um mero eufemismo.
Horários de trabalho ilegais, ambientes de trabalho insalubres, ganhos incompatíveis com o trabalho realizado e inferiores ao salário mínimo legal, alojamentos inadequados e alimentação em quantidade insatisfatória e de péssima qualidade são exemplos de afrontas claras à Consolidação das Leis do Trabalho, isto sem contar o fato de que não há descanso remunerado.
Isto é apenas um dos fatores os quais fomentam o conflito constante em nosso campo, culminando possivelmente em violência a qual pode partir de ambos os lados. Uma das piores consequencias é a destruição de valores morais os quais deveriam ser pilares de nossa sociedade, banalizando a miséria e a violência.
Outro aspecto relevante do cultivo da cana de açúcar e da indústria alcooleira é o impacto ambiental por ela causado, ora tida como salvação ecológica, sua pegada de carbono é consideravelmente maior do que se imaginava, o uso de combustíveis fósseis, não somente no plantio atrávés das proibidas, porém amplamente utilizadas