Alteridade
Ao ler a reportagem do jornal O Globo, e entender o que se passou na escola durante uma aula de educação religiosa, é um tanto difícil compreender como uma educadora, que estudou e se preparou para lidar com a diversidade cultural, pôde ter uma reação tão abrupta em relação à opção religiosa do aluno em questão.
É claro que não foi exposto o contexto em que aconteceram os fatos, o que se sabe é que a referida professora expulsou o aluno aos gritos, chamando-o de “filho do capeta”.
Como toda ação gera uma reação, a sociedade soube do fato, e instantaneamente julgou a favor do aluno, que com apenas dezesseis anos, alega estar com problemas psicológicos decorrentes do fato.
A verdade é que existe um mistério gigantesco sobre o Cosmos, que nós, seres humanos imperfeitos, que não utilizamos nem a metade de nossa massa encefálica, e mesmo assim, muitas pessoas ainda acreditam viver no centro do universo.
Vivemos em uma sociedade que se diz moderna, onde bate-papo com amigos reais foi substituído pelas redes sociais e seus aplicativos, nesta mesma sociedade onde o ombro amigo foi friamente trocado por twitadas, onde centenas de pessoas sabem o que se passa na vida pessoal de seu colega virtual.
É lamentável ver os valores serem invertidos dia após dia, e ao abrir o jornal ver estampada a foto de um ídolo do Cruzeiro, respeitado jogador de futebol, como o Tinga, sendo alvo de piadas e gritos imitando macaco, vindos da torcida do time oponente no Peru, ou o caso de racismo contra duas manicures negras em um salão de São Paulo, por parte de uma cliente australiana que estava visitando nosso país, a qual foi presa no mesmo dia.
Educação se recebe dentro de casa, durante a infância, e nesta educação deve ficar claro para cada indivíduo que o seu direito começa onde termina o do próximo.
Vivemos numa sociedade feroz, onde o capitalismo selvagem é quem governa a vida das pessoas, a busca pelo TER ao invés do SER, fez das