ALTERIDADE
MOLAR, Jonathan de Oliveira - UEPG jonathanmolar@hotmail.com Área temática: Educação: diversidade e inclusão
Agência Financiadora: Bolsista do Programa Capes do Mestrado em Educação da UEPG
Resumo
A noção de alteridade possui uma perspectiva plural e híbrida, que não se enquadra em esquemas explicativos generalizantes, encadeados de modo inflexível. A constituição do mundo moderno, ou como preferem alguns teóricos, pós-moderno, no qual a globalização apresenta para a sociedade uma convivência nem sempre pacífica entre os grupos faz da alteridade palavra-chave para a superação de preconceitos e xenofobias. A impessoalidade e a individualidade que caracterizam a contemporaneidade gera como uma de suas conseqüências negativas a intolerância, seja ela, étnica, política, de gênero, entre outras, assim sendo, a escola torna-se uma das instituições mediadora desses conflitos, devendo, pois, aprofundar a idéia da diferença dentro e fora de sues muros enquanto propulsora de relações igualitárias, reconhecendo “que o outro guarda um segredo: o segredo de quem eu sou”. A alteridade vem recebendo variadas denominações, tais como: no mundo anglo-saxão – educação multicultural; na Europa – pedagogia do acolhimento, educação para a diversidade, educação intercultural, etc.; contudo, vale destacar, que essas denominações correspondem a uma mesma matriz de pensamento, que visa afastar a noção de segmentação cultural, dicotomicamente colocada em prática para a divisão entre superiores e inferiores. Atrelada à idéia de interculturalidade tem-se a da ética, as quais em conjunto tendem a transformar o panorama fragmentado da relações sócio-culturais da sociedade e do sistema de ensino mecanicista, pouco critico e transformador. Pensar na diversidade consiste no ato reflexivo e profícuo de se compreender a diferença, afinal, o encontro de práticas culturais plurais gera resignificações, sem, contudo, transpor-se para o campo