Alteridade
ALTERIDADE
Wanderleia Dalla Costa – UNIPLAC
Carmen Lucia Fornari Diez - UNIPLAC
Resumo: O presente trabalho traz à reflexão um olhar diferenciado para o foco nas relações Eu – Outro, no intuito de retomar o sentido do humano. Trata-se de tecer algumas reflexões acerca da educação e da relação de alteridade. O outro é um dos grandes temas a serem pensados na educação. Para uma leitura fora dos quadros ontológicos e idealistas o filósofo Emmanuel Levinas defende u ma subjetividade constituída na idéia de infinito, isto é abertura ao outro e traz à tona a questão do esquecimento do outro por conta da subjetividade solipsista difundida na modernidade. Pensar o outro como alteridade absoluta e não como o conceituo, efe ito do meu próprio pensamento. No face a face a relação do Mesmo com o Outro encontra -se na responsabilidade incondicional a ser assumida pelo eu perante o outro porque no rosto do outro se insere o apelo à responsabilidade. Nesse sentido o pensamento levi nasiano abre caminhos para pensar a educação e o papel do professor mediador na perspectiva de Feuerstein.
Palavras chaves: Educação – Alteridade – Eu-Outro – Professor mediador
Na crise da subjetividade moderna o que emerge é a centralidade do sujeito autônomo e racional que, através de sua postura, pensa e define as relações a partir de princípios que se pretendem universais garantindo a assimilação do outro através da formação de um sujeito livre, independente e senhor de si. Com Descartes e Kant o sujeito moderno se edificou sobre as bases de uma vontade racional instituindo o eu como a possibilidade integradora do sentido e definidora dos rumos da formação humana. Nesse sentido Lévinas (1906-1995) identifica que a filosofia do mesmo é a concretização da categoria da Totalidade que marca o pensamento ocidental.
A filosofia ocidental durante muito tempo colocou-se como horizonte e baseou-se num sujeito único reforçando a visão