Alteridade

Alteridade é diferença, é a capacidade de colocar-se no lugar do outro, e ser capaz de apreender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença. Quanto menos alteridade existe nas relações pessoais e sociais, mais conflitos ocorrem. A alteridade é importante nas relações com as quais temos dificuldade, a reflexão sobre a mesma deve permear relações, uma vez que o outro que nos cerca é alguém diferente de nós em tudo. A alteridade nos conduz a compreender a presença de Deus no outro a partir da mudança de nosso olhar para esse que é tão diverso do eu. Deus deve ser a imagem vista no rosto do outro. Pensar assim, nos conduz à dimensão ética, que é a da responsabilidade, do envolvimento para com esse outro.
O melhor exemplo a citar é Jesus, esteve cercado da maior diversidade imaginável e das alteridades mais curiosas possíveis.
Emmanuel Levinas, filósofo contemporâneo judeu, tem como centralidade de sua filosofia a ética. Uma das influências sobre seu pensamento advém da Bíblia Hebraica, fala então sobre a impossibilidade de se isolar-se com Deus e esquecer-se do próximo, sendo por isso chamado de filósofo das relações.
Levinas afirma que toda forma de totalidade é violência. Existe uma tendência de absolutizar o modo pessoal de ser, pensando ser este o único e correto modo de encarar o mundo e lidar com as situações, ou seja, desejamos colonizar o outro por meio da imposição de regras e pensamentos que são nossos e maneiras de fazer as coisas.
Estamos praticando uma atitude de violação com respeito ao outro, quando, na verdade, podemos mostrar a esse outro uma nova perspectiva sobre a vida, uma maneira diferente de agir em relação a ela, e dessa forma permitir que esse outro exponha o que pensa sobre a vida e deixar que ele aja a seu modo, respeitando sua dignidade e sua