Alois Riegl - Patrimônio e monumento
Nascido em Janeiro de 1858 na Áustria, Alois Riegl foi um historiador da arte pertencente à Escola de Viena de História da Arte. Uma das figuras responsáveis pelo estabelecimento desta enquanto disciplina acadêmica e ajudou a criar as bases do formalismo1 estético. Estudou na Universidade de Viena, onde freqüentou aulas de filosofia e história e atuou no setor curatorial do Museu für Kunst a partir de 1886, coordenando o departamento têxtil. A partir dessa experiência, Riegl escreveu seu primeiro livro, Tapetes Orientais Antigo. Quando convidado para escreveu seu livro O culto moderno dos monumentos: a sua essência e a sua origem, em 1903, era famoso por reunir numa única figura as funções antagônicas atribuídas à universidade, e os conhecimentos de arte em museus. Distingui-se por possuir uma abordagem interdisciplinar da história da arte.
Sua reputação enquanto um inovador na história da arte cresceu a partir do seu segundo livro, Problemas de estilo: fundamentos para uma história do ornamento. Nessa obra, o autor desenvolveu uma contínua e autônoma história do ornamento. A partir de 1894, iniciou sua trajetória acadêmica após receber um cargo na Universidade de Viena, para palestrar obre Arte Barroca, naquela época vista apenas como uma fase decadente do Renascimento. Nessa época foi autor de mais três publicações, sendo duas delas póstumas: O retrato do grupo holandês, 1902; A origem da Arte Barroca em Roma, 1908; e a tradução anotada de A vida de G.L. Bernini, de Filippe Baldinucci, 1912, consecutivamente.
Riegl faleceu em 1905, aos 47 anos de idade. Nomeado presidente da Comissão de Monumentos Históricos da Áustria em 1902, Riegl escreveria, um ano depois, sua obra prima a pedido dessa Comissão, que foi de fundamental importância para as questões de tutela e conservação dos monumentos históricos enquanto patrimônios. Riegl organiza a obra em três capítulos, sendo o primeiro dedicado à apresentação dos valores