antropologia
RESENHA 1
FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. 2ª Edição. Rio de Janeiro: UFRJ/MinC-IPHAN, 2005.
296p.
RODRIGO CANTARELLI1
Maria Cecília Londres, doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília, membro do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, foi pesquisadora do Centro
Nacional de Referência Cultural e diretora de projetos da Fundação Nacional PróMemória, no período em que esta Fundação publicou Proteção e revitalização do patrimônio cultural no Brasil: uma trajetória2, em 1980. Este livro apresenta uma cronologia das ações legislativas e dos projetos apresentados para a criação de um serviço nacional de proteção do patrimônio. O ponto de partida desse catálogo é a carta enviada pelo Conde de Galveias ao governador de Pernambuco, em 1742, iniciativa isolada e sem repercussões maiores, considerada o embrião das preocupações com a defesa do patrimônio que, supostamente, só se concretizaram com a criação do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico nacional, SPHAN, em 1937. Esse tema da trajetória política federal de preservação no Brasil é o foco principal d’O Patrimônio em Processo, publicado pela primeira vez em 1997.
O texto está organizado em duas partes, na primeira delas, a autora discute as noções de patrimônio e a trajetória do conceito ao longo da história ocidental, além de reconstituir o percurso pelo qual o conceito passou ao longo do tempo e como foi se alterando durante o século XX. Já na segunda parte, dividida em três capítulos, Cecília
Londres discute, de fato, como se deu a criação do SPHAN e as formas como o órgão trabalhou ao longo dos anos seguindo a mesma periodização do Proteção e revitalização do patrimônio cultural no Brasil, divididas em duas fases, Heroica e Moderna, para então discutir as práticas de tombamento entre os anos de 1970 e 1990.
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Graduado