ALITERAÇÃO
• Chegamos de uma terra feia, fria, fétida, fútil.
• "Toda gente homenageia Januária na janela." (Chico Buarque)
• "Auriverde pendão de minha terraque a brisa do Brasil beija e balança." (Castro Alves)
Quando há repetição, em sequência, de determinado som no "final de palavras", tem-se, o fenômeno do eco; este pode ser trabalhado no interior de uma frase ou verso; funcionando, qual uma autêntica rima:
Na messe, que enlouquece, estremece a quermesse...
O Sol, o celestial girassol, esmorece...
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos. (Eugênio de Castro)
Geralmente, os poetas utilizam a aliteração para sugerir ruídos da natureza. Neste caso, a aliteração recebe ou recebia o nome de harmonia imitativa:
Foguetes, bombas, chuvinhas, / chios, chuveiros, chiando,
Chiando, chovendo, chuvas de fogo! / Chá-Bum! (Jorge de Lima)
Levando em conta esse exemplo, não seria sem razão confundir a aliteração com a onomatopeia. Por outro lado, a onomatopeia difere da aliteração na medida em que esta sugere um som e a onomatopeia imita.
Segundo Manuel Bandeira, o fragmento de Violões que Choram (Cruz e Souza), é o mais longo exemplo de aliteração da Língua Portuguesa:
Vozes veladas veludosas vozes,
Volúpia dos vilões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
A repetição dos [vês] tem o objetivo de sugerir o sussurro do vento.
ASSONÂNCIA (do castelhano asonância = acordo de sons) é a repetição de