Aliteração Paráfrase Gradação
A aliteração é a figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos, ou seja, sons consonantais idênticos ou semelhantes. Veja um exemplo neste verso de Caetano Veloso:
“Acho que a chuva ajuda a gente se ver”.
Observe que o eu lírico dispôs nesta seqüência sons de natureza fricativa: /ch/ (surdo), /j/ e /g/ (sonoros). Para produzir esses sons, usamos o palato (céu da boca).
Agora observe estes versos que compõe a coletânea “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles:
“Olha a bolha d’águano galho!
Olha o orvalho!”
Nesses versos, a repetição é do fonema constritivo palatal /lh
PARÁFRASE
A Paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto. Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da própria língua.
O autor da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a idéia do texto. Além disso, são exigências de uma boa paráfrase:
1. Utilizar a mesma ordem de idéias que aparece no texto original.
2. Não omitir nenhuma informação essencial.
3. Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original.
4. Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que possível, um vocabulário também diferente.
Clímax ou Gradação
Leia este trecho da obra de Machado de Assis:
“Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos de luz, outros ensangüentados (...)”.
Observe que as idéias dispostas nesse texto estão organizadas seguindo uma ordem progressiva, ou seja, de uma menor proporção para uma maior.
Agora veja esse outro exemplo, retirado da obra de Monteiro Lobato:
“Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.”
Observe que as idéias continuam dispostas numa mesma ordem progressiva, só que agora segue uma proporção decrescente. Em ambos os casos ocorre a gradação, figura de linguagem que consiste em organizar uma seqüência de palavras ou frases