alingua grega
Gramática antiga. Os gregos cuidaram mais da gramática do que da linguística. Trataram, pois, da língua já realizada em um determinado sistema de expressão. A gramática é sempre a gramática de uma língua, e não o estudo das condições totalmente gerais da língua. A linguística para os gregos se limitou a alguns aspectos como, por exemplo, o do caráter convencional ou natural das palavras. Os gregos ainda não faziam clara distinção entre o que se apoiava em considerações racionais da filosofia e o que em constatações empíricas ao modo do método das ciências positivas. Por isso os resultados por eles obtidos, interessam hoje, ora ao filósofo, ora ao linguísta. Quando os dados simplesmente apontam para elementos concretos da linguagem, eles se situam na fase preliminar, chamada do objeto material; este é idêntico para todas as ciências, as quais apenas se vão distinguir no objeto formal, isto é, no ponto de vista abordado. Só aos poucos os gregos foram apontando para os diferentes fatos da língua: o nome, o verbo, a conjugação, etc. Platão destacou na linguagem a sentença, como a unidade que compõe o discurso. Na sentença apontou a distinção entre o nome e o componente verbal. A partir dali se desenvolveu posteriormente a análise sintática e a classificação dos vocábulos. Aristóteles acrescentou ao nome e ao verbo os súndesmoi, com o que indicava o que atualmente equivale ao artigo, conjunção, pronome. No grego,súndesmoi significa conexões, ataduras. Aristóteles também advertiu para a especificidade do adjetivo; chamou-o igualmente de verbo, já que, no grego, o adjetivo tem um comportamento sintático similar ao verbo.
Posteriormente, os alexandrinos dirão que o adjetivo é uma subclasse dos substantivos. ainda Referiu-se à derivação e às variações dos casos resultantes das declinações que, no grego, são numerosas. Denominou também de casos as variações de tempo dos verbos. Depois de Aristóteles crescem, sobretudo, os conhecimentos de