Alimentos
Quando o homem primitivo preservou as melhores sementes e os melhores animais domesticados para a reprodução, ao invés de consumi-los, teve início o melhoramento genético. Isto porque os genótipos superiores foram selecionados para formar a composição genética (pool gênico) das gerações seguintes.
A seleção dirigida das variantes genéticas mais úteis ao homem começou há cerca de 10.000 anos, quando as mulheres selecionaram e guardaram grãos de trigo e de cevada para posterior plantio, enquanto os homens faziam a caça e a guerra. Além das forças da seleção natural, a espécie humana passou a interferir na estrutura genética das espécies domesticadas.
A agricultura permitiu que a humanidade, após milhares de anos de vida nômade, de caça e de coleta, pudesse fixar-se em povoados e cidades e diversificar profissões, uma vez que, pela primeira vez na história, havia estoques de alimentos. Além disso, o homem primitivo teve tempo de olhar o céu e as estrelas e imaginar o seu papel no universo, indagação que continua preocupando o homem moderno e é a origem do progresso cultural, artístico e científico atuais.
O melhoramento genético clássico, por definição, também produz organismos geneticamente modificados (OGMs) e também sofre a interferência do homem. Os melhoristas efetuam milhares de cruzamentos e avaliam, durante vários anos, todas as plantas descendentes destes cruzamentos. Em seguida, selecionam aquelas que, como resultado do fenômeno de recombinação, combinam as características úteis de cada progenitor e serão as futuras variedades ou cultivares comerciais.
A recombinação é resultado da reorganização de blocos de genes localizados em partes dos cromossomos maternos e paternos, que se encontram no híbrido resultante de cruzamentos naturais ou artificiais. Até muito recentemente, antes do advento da engenharia genética, só era possível selecionar recombinações que ocorrem, ao acaso, entre os DNAs dos