Alfarroba
Folhas persistentes e paripinuladas com folíolos ovalados de entre seis e dez e cujo fruto, a alfarroba, (do árabe Al.harruba) é uma vagem, primeiro verde e depois acastanhada e que pode atingir 25 cm de comprimento.
Pensa-se que foi trazida pelos gregos da Ásia Menor e teria sido introduzida em Portugal pelos árabes, assim como o teriam feito em Espanha e no norte de África.
A alfarrobeira que gosta de áreas secas e soalheiras dá-se no sul do país, nomeadamente no Algarve e zonas confinantes do sul do Baixo-Alentejo.
A parte mais valiosa do fruto é a semente que se utiliza na indústria farmacêutica, alimentar e cosmética.
A polpa tem sido essencialmente utilizada na alimentação animal e a sua farinha é usada como antidiarreico.
Ultimamente utiliza-se como substituta do cacau no fabrico de chocolate. São conhecidos actualmente os saborosos licores a que dão origem.
A sua destilação origina aguardente.
A floração dá-se entre Fevereiro e Abril e a apanha entre Agosto e Setembro.
Naturalmente que esta árvore também existe no concelho de Alcoutim, penso que em maior número nas freguesias de Alcoutim e de Vaqueiros, mas em todo o concelho se encontram e algumas com portes consideráveis, principalmente nas proximidades do Guadiana.
São árvores que se destacam pelo seu volume, configuração da copa e pela oferta de excelentes e sadias sombras.
Ainda que normalmente altas, varejam-se facilmente com uma cana pois o fruto é relativamente volumoso e quando maduro cai ao mais leve toque. Apanham-se bem pela mesma razão.
O seu desenvolvimento é lento mas seguro e é considerável a sua longevidade.
Como tem raiz aprumada, de espigão, como diz o povo, não é fácil de transplantar como acontece por exemplo à oliveira, mesmo já bem adulta.
Nascendo espontaneamente aqui no concelho, o homem enxerta-a de borbulha, mas segundo tenho