Alfabetização
Durante muito tempo, pensava-se que ser alfabetizado era conhecer o código lingüístico, ou seja, conhecer as letras do alfabeto. Atualmente, sabe-se que, embora seja necessário o conhecimento das letras não é suficiente para ser competente no uso da língua escrita. A língua não é um mero código para comunicação. A linguagem é um fenômeno social, estruturado de forma dinâmica e coletiva e, portanto, a escrita também deve ser vista do ponto de vista cultural e social. O estudo desse guia foi muito interessante, nunca pensei que houvesse alguma diferença entre alfabetização e letramento, e esse estudo foi muito esclarecedor em relação a esse tema. As escolas brasileiras já passaram por muitas modificações e a adoção dos ciclos faz com que as crianças tenham um maior tempo para aprender a ler e escrever, e com a aprovação do Ensino Fundamental de nove anos favorecerá uma parcela da população que, por não ter acesso à Educação Infantil, estaria fora da escola e longe de um ambiente alfabetizador, tudo isso ajuda às crianças a não serem somente alfabetizadas, mas também conseguem terem a oportunidade de conhecer o letramento. Na maioria das vezes o pouco acesso à cultura escrita se deve às condições sociais e econômicas em que vive grande parte da população, não tendo a chance de pelo menos se interessarem pelos estudos, sendo o único interesse dos pais levarem o mínimo para subsistência, e como também não tiveram a oportunidade de conhecerem o significado do letramento não incentivam seus filhos nesse sentido, assim se nota a grande diferença entre crianças que recebem incentivos exemplos em relação ao conhecimento da cultura da escrita e da leitura, sempre em contato com livros, revistas e se exercitando com brincadeiras de desenhar e colorir, enquanto outras não recebem nem mesmo um lápis para ter a curiosidade do que pode ser feito com ele. As diferenças sociais sempre farão diferença, porque as oportunidades sempre serão diferentes. Para o