alfabetização no brasil
Ter-se apropriado da escrita é diferente de ter aprendido a ler e a escrever: aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e de decodificar a língua escrita; apropriar-se da escrita é tomar a escrita “própria”, ou seja, é assumi-la como sua “propriedade”. (SOARES, 2003 p.39)
Os métodos tradicionais eram transmitidos para os alunos de forma que só soubessem escrever corretamente de acordo com as normas gramaticais vigentes da época. As lições das cartilhas eram mecânicas e artificiais, isso impedia a criança de ser ela mesma, de pensar e criar. O aluno só escutava e repetia o que o professor ensinava. Para isso as cartilhas partiam das letras, depois as sílabas e as palavras que só tinham por função fixar as letras já estudadas. Esses métodos eram chamados sintéticos. O aprendizado, que deveria ser na verdade um processo, ficava mais lento, mecânico, artificial e sem sentido para o aluno.
Essa forma de alfabetização veio sendo questionada durante anos por educadores, pois os métodos tradicionais não exigiam dos alunos um raciocínio crítico. Esse método não deve estar dissociado das metodologias, ou seja, de como ensinar, como fazer os alunos se interessarem pela leitura e escrita.
Mais tarde, estudiosos começaram a pensar de forma diferente e surgiu o método analítico, ou seja, global: partiu-se de um todo para as partes. Era uma forma globalizada de alfabetização. Embora esse método estivesse preocupado com a visão global do aluno, não havia muita