História da alfabetização no Brasil
Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa. No que tange a esse padrão de cultura transplantada, Romanelli (2000, p.23) Considera que essa cultura é ferramenta para impor e preservar os modelos culturais importados, por si inibem a possibilidade de criação e inovação culturais.
Desse cenário de novas práticas de alfabetização, cabe ressaltar a importância do pensamento pedagógico de Paulo Freire, sua filosofia e método que foram adotados pela maioria dos movimentos de educação e cultura popular. Por conseguinte, conforme Cunha e Góes (2002, p. 26-33), vale apontar alguns exemplos de programas empreendidos por intelectuais, estudantes e católicos engajados na ação política:
- O Movimento de Educação de Base, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, estabelecido em 1961, com o patrocínio do governo federal;
- O Movimento de Cultura Popular do recife, a partir de 1961; a Campanha de Pé no Chão se Aprende a ler, da Secretaria Municipal de Educação de Natal,
- Os Centros Populares de Cultura, órgãos culturais da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Paulo Freire sempre demonstrou uma preocupação em relação a uma aprendizagem significativa em toda sua discussão em relação à escolarização do aluno jovem e adulto, Freire enfatizou a importância de se associar o aprendizado da leitura e da escrita á revisão profunda nos modos de conceber o mundo e nas disposições dos jovens e adultos para tomar nas mãos o próprio destino. A educação é um instrumento de inclusão social, que comporta mudança na vida de todas as pessoas, independentemente da idade ou classe social.