Aldo rossi
A memória da cidade
“Entendo a arquitetura em sentido positivo, como uma criação inseparável da vida civil e da sociedade em que se manifesta; ela é por natureza coletiva. Do mesmo modo que os primeiros homens construíram habitações e na sua primeira construção tendiam a realizar um ambiente mais favorável à sua vida, a construir um clima artificial, também construíram de acordo com uma intencionalidade estética. Iniciaram a arquitetura ao mesmo tempo em que os primeiros esboços das cidades; a arquitetura é, assim, inseparável da formação da civilização e é um fato permanente, universal e necessário.”
O objetivo primário de Rossi é justamente o de definir a estrutura intrínseca na cidade, pois somente partindo de seu conhecimento e da análise da dimensão urbana, a arquitetura poderia restabelecer sua contribuição operativa. A cidade, que vem analisada e investigada pelo autor através de métodos interpretativos específicos da geografia urbana e princípios do estruturalismo, compõe-se “per parti” autônomas e reconhecíveis a partir das quais derivam as declinações específicas: o tecido repetitivo das residências e a individualidade dos monumentos.
Outro confronto, que se torna obrigatório quando se faz um diálogo vertical com a obra do autor, é o seu Autobiografia Scientifica. Os dois textos, que estão separados do ponto de vista cronológico por vinte anos, foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos por uma solicitação de Philip Johnson. Somente chega ao cenário italiano em 1991, ano em que Aldo Rossi é o primeiro italiano a receber o Pritzker Prize.
Aos estudos teóricos sobre a cidade conduzidos nos anos de 1960 e 1970, baseados sobre as lógicas abstratas do plano, Aldo Rossi contrapõe uma investigação pessoal baseada no estudo da cidade como um organismo composto de tantas partes acabadas, determinadas no curso do tempo, através de processos de transformações e de permanências, que adquirem valores específicos na memória individual e