Agricultura e subdesenvolvimento
A expressão subdesenvolvimento originou-se após a Segunda Guerra Mundial para denominar os países com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Em grande número de países subdesenvolvidos a maioria da população vive de atividades agrícolas. Além disso, longe de ser apenas uma atividade econômica, a agricultura constitui a base da organização social e política. As estruturas subdesenvolvidas não se desenvolvem: elas são substituídas por outras com aptidão para desenvolver-se. Essa substituição, contudo, pode ser parcial, passando a conviverem estruturas arcaicas com outras aptas a assimilar a tecnologia moderna e a elevar a produtividade do trabalho. Uma observação mesmo superficial da agricultura nos países subdesenvolvidos põe em evidência certos dados significativos: 1. A participação da mão-de-obra agrícola na força de trabalho total é considerável: quase sempre superior a 40 por cento, podendo em alguns casos superar o duplo dessa cifra. 2. O salário médio agrícola (ou a renda média do trabalhor agrícola) é bem mais baixo do que o salário do trabalhor não especializado das atividades não-agrícolas; demais, uma parte significativa do salário (ou renda) do trabalhador rural não se integra no fluxos monetários. 3. O investimento realizado no fator humano (melhoria de condições de saúde, educação, formação profissional etc.), em grande parte financiado pela sociedade no seu conjunto, concentra-se nas zonas urbanas; da mesma forma, a renda invisível criada pelos investimentos públicos e pelas economia de aglomeração beneficiam quase exclusivamente a população urbana.
Indicadores do Subdesenvolvimento no Brasil
As melhores terras agrícolas do Brasil normalmente não produzem gêneros essenciais à alimentação (mandioca, feijão, milho, arroz, etc.). São cultivadas com produtos destinados à exportação (café, soja, etc.) ou às grandes indústrias, geralmente filiais de empresas