Agricultura familiar
Introdução
Desde a década de 90, observamos um crescente interesse pela agricultura familiar no Brasil. Em alguns estados brasileiros, é cada vez mais perceptível a transformação de pequenas comunidades rurais em unidades de produção de frutas, legumes, laticínios e agricultura orgânica. É considerado agricultor familiar no Brasil o produtor que atende os seguintes requisitos: não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família; utilize predominantemente mão de obra familiar nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento.
Muitas terminologias foram empregadas historicamente para se referir ao mesmo sujeito: camponês, pequeno produtor, lavrador, agricultor de subsistência, agricultor familiar, porém, a escolha da agricultura familiar está relacionada com a multifuncionalidade da agricultura familiar, que além de produzir alimentos e matérias-primas, gera mais de 80% da ocupação no setor rural e favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos industriais e a preservação do patrimônio genético.
Desenvolvimento
A agricultura familiar vem enfrentando vários desafios que surgem desde aprofundar conhecimentos sobre sistemas de produção que proporcionem melhoria contínua, a uma renda que garanta vida digna aos moradores do campo. A insuficiência de investimentos em infraestrutura produtiva, de beneficiamento, armazenamento, transportes e preços remuneradores, bem como o acesso a políticas públicas de cunho social como saúde, educação, previdência e transporte públicos, são fatores decisivos para a permanência das pessoas