Agricultura familiar
GESTÃO PARA A SUSTENTABILIDADE DAS COOPERATIVAS
AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA1
DA
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ALVES, Adilson Francelino; 3REINEHR, Claudia Lais; 4XAVIER, Cinthia Hillmann;
BORILLE, Luiz Claudio; 6LUCAS, Ivone Belon & 7FAUSTINO, Kassiana
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INTRODUÇÃO
O atual debate em torno dos impactos econômico-produtivos e sociais da agricultura familiar tem movimentado pesquisadores em diversas universidades nacionais e internacionais. Diversos estudos procuram evidenciar os aspectos positivos dessa forma de organização da produção agrícola destacando sua capacidade de resposta frente as política públicas, cujo caso de maior evidência é o
PRONAF, em suas diversas modalidades. A agenda 21 em seu capítulo 32 fala explicitamente da necessidade de fortalecimento do papel dos agricultores frente aos desafios da sustentabilidade. No item 32.3 salienta que “uma abordagem centrada no agricultor é a chave para alcançar a sustentabilidade tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento e muitas das áreas de programas da
Agenda 21 estão voltadas para esse objetivo” (Agenda 21, p.221). O texto enfatiza que: “Uma parte significativa da população rural dos países em desenvolvimento depende primariamente da agricultura de pequena escala, orientada para a subsistência e baseada no trabalho da família. Porém, ela tem um acesso limitado aos recursos, à tecnologia e meios alternativos de produção e subsistência. Em conseqüência, exploram em excesso os recursos naturais, inclusive as terras marginais.” Agenda 21, p 221).
Contudo, quando se observa mais atentamente os processos produtivos, os mecanismos comercialização ou mesmo de industrialização da produção percebe-se um atrelamento dos agricultores a grandes empresas vinculadas ao processo da
Revolução Verde que atuam fortemente a montante e a jusante da produção agrícola. As especificidades da agricultura familiar, sua fragmentação em diversas tipologias e sua