Agressividade No Contexto Escolar
Emanuel Siqueira Bernardes* O seguinte texto versa sobre a agressividade observada no contexto escolar entre crianças de 9 a 13 anos que estão cursando a 2° e 3° serie do ensino fundamental, tendo como referencial teórico “A teoria da aprendizagem social” de Bandura (1962). As observações foram realizadas uma vez por semana durante cinco meses, patrocinado pelo PIBID/FAFIA.
Foi-se observada uma grande pré-disposição à agressividade entre as crianças nas salas de aula e principalmente no período do recreio. Brincadeiras de agredir fisicamente os colegas com socos e chutes são frequentes, expor o outro ao constrangimento ou humilhação é satisfatório para o aluno que comete a agressão, dando-lhe uma menção de poder e domínio sobre os outros colegas, o que reforça o comportamento agressivo a acontecer mais vezes.
Com o intuito de obter respeito, os mais fortes confundem conquista com imposição. E por isso, tentam conseguir seu espaço na escola de forma arrogante e brutal, através da força.
Não importa a idade, tão pouco o tamanho, quase todos querem mostrar valentia.
Segundo Bandura um comportamento é modulado a partir das experiências sociais que observamos, se a criança convive em um meio agressivo, onde sempre presencia cenas violentas, provavelmente poderá desenvolver comportamentos agressivos.
Para explicar esse pensamento Bandura cita o experimento do boneco “João bobo”. Após as crianças observarem uma cena onde um adulto agride de varias formas o boneco, são colocados no mesmo ambiente em que esta o boneco “João Bobo” e reproduzem o comportamento observado.
Portanto, a aprendizagem social de um comportamento agressivo é prejudicial para os momentos de interação com o ambiente escolar, pois, a criança que comete a agressão pode ser reforçada em manter o comportamento agressivo como forma de status, e futuramente causar problemas no ambiente social