Agressividade no contexto escolar
1. INTRODUÇÃO
O fenômeno da agressividade e violência ronda toda a sociedade, fazendose presente e invadindo seus espaços, entre eles o contexto escolar. O docente, antes de tirar qualquer conclusão a respeito do aluno sobre este ser agressivo, primeiramente precisa conceber que há uma ampla gama de fatores que influenciam esta questão. Tem-se, portanto, a constituição de um complexo fenômeno, que não se restringe a realidade interna da escola, mas que põe em destaque questões institucionais e sociais, e para se obter uma melhor visualização a respeito deste fenômeno, as únicas abordagens em que isto se torna possível são as que o compreendem como resultado de múltiplos fatores. Uma abordagem inicial para o conceito de agressividade, dentre os vários sentidos que este termo abrange, pode traduzir-se como uma forma de comportamento com o intuito de ferir alguém, tanto de maneira física como psicológica. Assim como afirma Whitaker (1994), a agressividade, dentre as várias faces que possui, também possui o significado de mover-se em direção a um objeto, o que pode ou não ser feito com violência. A violência se confunde, se interpenetra, se inter-relaciona com a agressão de modo geral e com a indisciplina, quando ocorre na esfera escolar. Atualmente, o contexto escolar aparece de forma reiterada como espaço em que a agressividade e violência se fazem presentes e onde se multiplicam diferentes formas dos mesmos, o que interfere no trabalho educativo e até o inviabiliza. Como consequência, verifica-se a construção de uma atmosfera permeada de medo e tensão que afeta diretamente a conduta dos alunos e professores, reduzindo as possibilidades de um ambiente escolar estruturado no respeito mútuo. Muitos docentes apontam tanto as agressões físicas e verbais entre alunos como também as agressões verbais dirigidas diretamente aos próprios professores como sendo os tipos de manifestações consideradas por eles como
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mais agressivas, trazendo-lhes sofrimento, a