AGRESSIVIDADE INFANTIL
A agressividade faz parte do instinto de todas as espécies, prova disso são os animais que quando ameaçados se comportam de forma agressiva como um meio de defesa ou de sobrevivência. No ser humano a agressividade é desencadeada, também de maneira positiva e necessária ao seu desenvolvimento, pois é ela quem dá o impulso para a busca da realização de desejos, porém pode se constituir em um traço negativo na personalidade, levando inclusive a atos violentos e à destruição.
Freud quanto Lacan situam-na como constitutiva do eu, na base da constituição do eu e na sua relação com seus objetos. Não negam sua existência, ao contrário, afirmam a agressividade na ordem humana, ordem libidinal. Existe a agressividade, mas ela pode ser sublimada, pode ser recalcada, não precisa ser atuada, pois o humano conta com o recurso da palavra, da mediação simbólica (FERRARIL, 2006, p. 52).
Dentro dessa definição existem varias vertentes teóricas, cada uma defendendo um caminho, que pode ser mais inatista (agressividade como instinto), mais ambientalista (agressividade como comportamento, ação do individuo em função dos estímulos apresentados pelo ambiente e condicionada pelas consequências) ou construcionista (que associa a agressividade tanto como algo do organismo, em especial vinculado às características emocionais da ansiedade, como ação frente aos estímulos ambientais, podendo ser controlada, significada e mediada) (referência sobre desenvolvimento humano indicada). Em termos gerais, a agressividade faz parte do instinto de todas as espécies, estando vinculada aos processos de defesa e ataque necessários à sobrevivência. Na espécie humana é possível perceber manifestações de agressividade desde o inicio das relações das crianças com o ambiente externo. Quando o ambiente de inserção é a escola, na Educação infantil, essa temática merece especial atenção, uma vez que usualmente é nesse ambiente que a criança expande seu universo social, cognitivo e