Agenda Setting
| E-ISSN 1808-2599 |
O agenda-setting no Brasil: contradições entre o sucesso e os limites epistemológicos
Kênia Beatriz Ferreira Maia e Luciane Fassarella Agnez
Resumo
1 Introdução
Os estudos em jornalismo são bastante
constantes críticas e os sucessivos esforços de se
florescentes no Brasil. Somente a Divisão
delimitar epistemológica e metodologicamente a área, o presente artigo coloca em discussão os trabalhos
Temática (DT) “Jornalismo” da Sociedade
sobre o agenda-setting, ou do agendamento da mídia,
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da
questionando o sucesso que a abordagem alcançou nacionalmente. A partir de uma análise empírica, com base em papers apresentados nos principais fóruns das ciências da comunicação no Brasil, examinamos como essa tradição é reapropriada pelos pesquisadores
Comunicação (Intercom) apresenta cinco
Grupos de Pesquisa (GP), que abrangem gêneros, história, jornalismo impresso,
brasileiros, quais as metodologias usadas e se há
telejornalismo e teoria do jornalismo. Em 2009,
acúmulo de conhecimento.
durante o Congresso da Intercom, essa DT
Palavras-chave:
Agenda-setting. Teoria do Jornalismo. Epistemologia da
Comunicação.
reuniu mais de 170 trabalhos de pesquisadores de todo o país. Desde a criação da Associação
Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo
(SBPJor), os eventos anuais da entidade recebem um número crescente de papers. No primeiro encontro da entidade, em 2003, foram apresentados cerca de 50 artigos, distribuídos em Comunicação Individual e Comunicação
Coordenada. No ano passado, esse número chegou a mais de 150. O Grupo de Trabalho
Kênia Beatriz Ferreira Maia| keniamaia@yahoo.com
(GT) de Estudos do Jornalismo foi renovado
Doutora em Ciência da Informação e da Comunicação, Universidade Paul
Verlaine-Metz (França). Professora do Departamento de Comunicação da
UFRN e do Programa de Pós-graduação em Estudos de Mídia, da