Africa rica e pobre ao mesmo tempo
São 53 nações mais pobres. A economia da quase totalidade das nações nesta situação é movida, obviamente, a petróleo bruto. Angola, Nigéria e Guiné Equatorial comandam a corrida para a internacionalização – por causa do petróleo, o PIB per capita da Guiné Equatorial é equivalente ao da Itália ou Espanha, entretanto 90% da riqueza nacional são detidas por apenas 5% da população, três em cada quatro pessoas (75%) dos pouco mais de 630 mil habitantes vivem abaixo da linha da pobreza e grande parte da população vive sem eletricidade e sem acesso à água potável. Em 2009 uma horda de jovens combatentes fiéis a barões de armas e de tráfico de drogas mataram seu próprio presidente esquartejado.
A África subsaariana, por causa dos contrastes ultrajantes e humilhantes que o petróleo, o ouro e os diamantes têm vindo a erigir nalgumas nações.
Na Uganda, apenas para citar poucos exemplos, o número de pessoas mortas em rituais de feitiçaria para se alcançar riqueza em 2009, só dos registrados oficialmente pelas autoridades locais, foi de 15 crianças e 14 adultos, quando em 2007 se registraram apenas três casos. A maior parte das vítimas é emasculada, esquartejada ou esfolada e suas partes utilizadas em “batismos” de preparação para a ascensão social.
O Departamento de Estado norte-americano revelou recentemente, num relatório tornado público, que gastou em 2009, meio milhão de dólares para treinar dois mil homens do corpo policial daquele país a investigar este tipo de crimes.
Na África do Sul, Gabão e Tanzânia os rituais humanos são tratados como um caminho divino para a benção, tal como Abraão, que levou ao sacrifício o próprio filho Isaque para depois obter o título de “o abençoado”.
No lugar da conversão à cultura da educação e do trabalho como caminho para a riqueza, a maneira com que os africanos foram habituados nos últimos anos a ver os poderosos e seus serventes a enriquecer descaradamente de dia para a