Os excluídos

Os excluídos
Com a modernização, a indústria brasileira começou a fabricar produtos que exigem uma maior renda da população e, as novas técnicas dispensam a mão de obra, exigindo poucos e qualificados trabalhadores. Com isso, eles passam a receber salários que lhe permitam comprar os bens da modernidade.
Os grandes contingentes de mão de obra são dispensados, portanto a economia não tem razão para cuidar deles. A economia tradicional passou a dar espaço para a economia moderna, onde a exclusão foi cada vez maior.
Até os anos 70 no Nordeste, o setor de produção foi desaparecendo, espalhando a fome durando o tempo todo entre os excluídos.
As sobras do sistema passam a ser uma forma de sobrevivência. Desde empregos temporários, lixos das casas, esmolas, gorjetas que ganham ao cuidar de carros até transportar comida entre os supermercados e estacionamentos.
Com a economia dual, os pobres se tornam miseráveis, passando a viver so lixo, enquanto outra parte vive do luxo.
O setor moderno tende a reciclar o lixo e a tratá-lo com modernas técnicas. Com o tempo, nem o lixo existirá, levando a parte pobre a total exclusão e morte.
A Ruptura Social
Em todos os aspectos sociais, temos as duas partes. De uma boa educação até o analfabetismo. Um bom tratamento médico á taxa de mortalidade infantil. Uma qualidade de vida alta enquanto outros lutam para ter o que comer.
Com a invasão das cidades pelos pobres, as elites tendem a se afastar do povo excluído cada vez mais. Com isso, a população sofre uma necessária separação física, aproximando-se do apartheid.
Nos anos 70, na África do Sul, a especulação imobiliária já vinha expulsando os moradores pobres dos bairros de classe média para as favelas, onde eram empurrados para locais mais distantes das cidades. Os ricos se sentiam ameaçados pelos pobres que continuavam podendo circular pelos bairros afastados.
Durante os percursos entre casa e trabalho e lazer, o ar-condicionado de um carro serve menos para proteger do calor