Os excluídos do brasil

OS EXCLUÍDOS DO BRASIL

Um dos termos mais em moda hoje é “exclusão social”. É excluído para cá, excluído para lá, de todos os tipos, e a roda do tempo girando sem que de concreto se faça algo pelo menos para equilibrar os percalços sócio-econômicos de países como o Brasil, onde os paradoxos sempre foram acentuados.

Quando se pensa em excluídos sociais, vem sempre à mente a figura daquele que faz das ruas sua moradia ou de simplesmente daqueles que não têm acesso ao mais sagrado dos direitos: o de comer pelo menos uma ração diária. Mas debaixo da capa das análises frias de especialistas de gabinete e de levantamentos oficiais – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e outros organismos, estão outros itens que significam exclusão: do mercado de consumo, do lazer, das contas bancárias, da internet, da água tratada, da energia elétrica, da assistência médica e odontológica, enfim, haja exclusão para boa parte dos 175 milhões de brasileiros.

O governo federal ( Ministério de Minas e Energia) informou esta semana que há no Brasil 13 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica, conseqüentemente, excluídas também do direito a geladeira, aparelhos de som sem o uso de pilhas, liquidificador, máquina de lavar, enfim, uma série de bens de consumo há muito tempo comuns em casas e propriedades rurais, estas, por sua vez, sem maquinário que lhes facilite a vida diária.

Doze anos depois do www entrar na vida de milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil, apenas 10% da população do País têm acesso a rede mundial de computadores, a já para muitos, familiar internet. Vê –se que 158 milhões de brasileiros permanecem excluídos deste fantástico ícone do mundo digital.

O rosário de itens aos quais pelo menos 70 milhões de brasileiros não têm acesso não para por aí.Com o arrocho financeiro, bolso minguado, taxa de desemprego altíssima, explícita recessão