Geografia humana
Resumo: Teorias que não funcionam
1. Introdução
1.1 A desigualdade entre os países é perceptível a partir de múltiplos indicadores; o mais divulgado é a capitação do PIB - Produto Interno Bruto - que corresponde, grosso modo, à riqueza produzida num ano por um determinado país; o mais elaborado será o Índice de Desenvolvimento Humano (elaborado pela Nações Unidas) que considera, no seu cálculo, o concurso de várias dimensões como a instrução e a literacia, a habitação e condições de habitualidade, saúde e cuidados médicos, alimentação, rendimento, etc. Para o caso presente, é o primeiro que modelo que estará subjacente à análise.
1.2 Quando se fala de desigualdades entre os países (ou nações, como prefere o texto) tem-se em mente, mais do que a situação comparada reportada a um determinado momento, a diferença de dinâmicas de crescimento e desenvolvimento que conduz a que, por um período de tempo considerável, se entenda que um determinado país (ou conjunto de países, ou mesmo continentes) seja mais pobre que outro; e, quando do se faz referência a crescimento (ou desenvolvimento) tal é entendido como um processo continuado e sustentado no tempo.
1.3 Por conseguinte, é de desigualdade nos processos de crescimento e de desenvolvimento de que estamos a falar, que se expressa através dos padrões de distribuição do rendimento entre os diferentes países. 1.4 É a desigualdade assim entendida que os autores se propõem explicar.
2. A situação geral
2.1 O crescimento sustentado tem a sua génese na Inglaterra (Grã-Bretanha) a partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, assente em grandes avanços tecnológicos. Este processo – industrialização - estendeu-se à Europa Ocidental (na sua maior parte) e aos Estados Unidos; na mesma sequência, também “as colónias de povoadores” do Canadá, Austrália e Nova Zelândia beneficiaram daquele processo. Estes países, ainda hoje, se encontram na lista dos mais ricos.
2.1 Dessa