geografia humana
IFCH – Departamento de Ciências Sociais
Disciplina: Geografia Humana
Prof. Leonardo
1º semestre de 2013
Máscaras sociais, biopoder e consumo: a natureza social do espaço
Introdução
Neste trabalho proponho-me a relacionar os conceitos de espaço e território e a inscrição das dinâmicas sociais e econômicas em seu âmbito. Para isto, escolhi dentre a bibliografia utilizada ao longo do curso autores, a meu ver, essenciais a este entendimento, dadas suas propostas metodológicas e o objeto de suas análises. Deste modo, dividi o trabalho em três partes. Na primeira, exponho a discussão sobre os “espaços produzidos socialmente” e o lugar da Geografia como ciência social tal como discutido por Ruy Moreira. Em seguida, exponho alguns dos argumentos utilizados por Rogério Haesbaert sobre desterritorialização, biopolítica e biopoder no controle e contenção dos fluxos de migrantes. Por último, busco articular as questões a respeito da falta de políticas progressistas resultante da “política do consumo” conforme suscitadas por Richard Sennet, aos conflitos e mecanismos de controle por parte do Estado sobre os indivíduos desenraizados.
Repensando a Geografia: a formação econômico-social como paradigma
Moreira ancora seu argumento solicitando uma geografia que privilegie as dimensões sociais; abordagem marxista que serviria para desvendar as “máscaras sociais”, as relações de classe existentes sob a dialética do arranjo do espaço geográfico. Convoca aos geógrafos a expandirem seu escopo de análise e a retomarem a dimensão que foi negligenciada, propõe uma “teoria do espaço, que seja uma teoria social”.
A formação espacial contém sua estrutura e nela está contida, e é através desta relação dialética que se pode conhecer a estrutura e os movimentos da formação espacial, e os movimentos da formação econômico-social. Sendo o espaço geográfico um espaço social, decorre que a formação espacial segue-se a formação