Africa no Brasil
Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana.
A herança africana, trazida por milhões de negros e negras vítimas do tráfico transatlântico, com uma enorme diversidade de grupos étnicos, fez do Brasil a segunda maior população de negros do mundo fora da África. Vivendo em condições desfavoráveis, essa população negra brasileira, ao longo de sua história, utilizou-se de mecanismos diversos para resistir à escravidão, que mesmo depois de um século abolida, faz amargar frutos que geram a necessidade de uma resistência permanente.
A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas.
A cultura africana em geral se encontra mesclada a outras referencias culturais. Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira.
Língua
O português falado no Brasil acabou incorporando inúmeras palavras de origem africana. Os povos bantos, falavam diferentes línguas, como: quicongo, quimbundo, umbundo. No oeste da África onde há enorme variedade linguística como os povos ewe-fon, que falavam o fon e o iorubá, participavam igualmente do rito linguístico miscigenado de que a língua portuguesa é produto hoje. Palavras como: “acarajé”, “jabá” incorporaram-se no nosso vocabulário, na nossa cultura.
A língua banta teria uma estrutura semelhante a do português, como o emprego excessivo de vogais e a ocorrência de silabas nasal e aberta, e isso teria facilitado bastante a integração entre as duas línguas em uso no Brasil.
É fato indiscutível que se falam tantas palavras de origem africana no Brasil.
Ainda hoje, inúmeros dialetos de base bantos são falados como línguas especiais por comunidades negras da zona rural, provavelmente remanescentes de antigos quilombos em diversas regiões