Aeroporto

O maior do mundo
Na esteira da explosão capitalista na China,
Hong Kong inaugura um megaaeroporto
Com a aterrissagem do avião do presidente Bill Clinton em Hong Kong, no dia 1º de julho, a próspera ex-colônia britânica, disposta a se firmar como pólo de negócios e turismo da Ásia, inaugurou um aeroporto que simboliza o novo tempo do capitalismo no continente. Construído ao norte da ilha de Lantau, a 25 quilômetros do centro de Hong Kong, Chek Lap Kok será o maior aeroporto do mundo. Quando estiver em pleno funcionamento, no ano 2000, passarão por ali 87 milhões de passageiros anualmente. Para ter uma idéia do que isso significa, basta dizer que o aeroporto de maior tráfego do planeta hoje, o O'Hare, de Chicago, nos Estados Unidos, tem um movimento anual de 69,1 milhões de passageiros. No Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o maior da América Latina, são 13 milhões.
O Chek Lap Kok é apenas um dos megaaeroportos que estão surgindo no mundo. As cidades européias têm projetos de investimento de 66 bilhões de dólares para construir ou renovar seus terminais aéreos. Nos Estados Unidos, estima-se que serão necessários outros 60 bilhões de dólares para aumentar os aeroportos em atividade e construir outros cinco grandes terminais. Os maiores projetos, contudo, estão na Ásia. Recentemente foram inaugurados novos aeroportos nas cidades de Osaka e Macau. Taipé, Cingapura e Seul, na Coréia, têm projetos para grandes aeroportos internacionais. Somente na China, recém-despertada para o poder da economia livre e amparada no seu bilhão de passageiros potenciais, quarenta aeroportos serão construídos ou reformados até o ano 2.000.
Em Hong Kong, o movimento já colocava a infra-estrutura no limite do colapso. O antigo aeroporto, o Kai Tak, era considerado um dos mais perigosos do mundo. Operava com muito mais aviões do que podia. Além disso, estava espremido entre as montanhas, o mar e os arranha-céus da cidade. Pousar nele era uma experiência assustadora. Tinha um apelido