Adolescencia e conflitos
Tal como na fase genital prévia se estabelece o triângulo edipiano, também na adolescência este se reativa porque com a instrumentação da genitalidade disponível o jovem é obrigado a recorrer a mecanismos de defesa mais persistentes e enérgicos. O individuo que realizasse o incesto teria um impedimento no processo de individuação, pois que permanecerá em uma relação genital infantil.
Podem-se encontrar adolescentes que se referem a suas relações sexuais como de algo necessário, não para eles, mas para seus órgãos genitais ou sua saúde corporal. Recorrem na verdade a uma verdadeira negação de sua genitalidade.
Na busca pela definição genital acontece o adolescente passar por um período de homossexualidade, que podem ser a expressão de uma projeção da bissexualidade, perdida e desejada em outro individuo do mesmo sexo.
Tanto na homossexualidade normal e transitória como na atividade genital prévia e na genital preparatória para a genitalidade procriativa, o processo masturbatório acha-se presente desde a tenra infância até a adolescência avançada.
Atitude social reivindicatória
O processo da adolescência não depende do individuo isolado, mas colocado no mundo social. A família é a primeira expressão da sociedade que determina grande parte da conduta adolescente.
As primeiras identificações são feitas com as figuras parentais; não há dúvida, porém de que o meio em que vive o adolescente determina novas possibilidades de identificação, futuras aceitações de identificações parciais e incorporação de elementos sócio-culturais e econômicos que não podem ser anulados.
A compreensão dos padrões culturais torna-se importante para o manejo do adolescente, entretanto é essencial compreender a adolescência em si mesma, afim de que nas pautas culturais possa ser modificadas e utilizadas adequadamente, quando o adolescente claudica na patologia. A atitude social reivindicatória do adolescente decorre das restrições